sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Contraponto

Olá me chamo Floricleusa Kathilene Rosinaura e reescrevi o texto do Rogério conforme
no exercício de Língua Portuguesa II da FABICO. Esculachamentos a vontade.


Entre mim, Hegel e Estela.

Eu a escolhi justamente por ela ser perfumada, limpa e elegante. Ela me escolheu pela segurança financeira, pela maturidade, pelo apoio que me faria dependente dela.
Eu sempre fui muito introvertido, saia para caminhar para esfriar a cabeça, para não contaminá-la com os problemas corriqueiros da empresa. Ela começou a sentir minha falta e logicamente começou a pensar que um filho solucionaria o problema. Eu não estava a fim de ter que parar para trocar fraldas, ensinar meu filho a comer enquanto podia pensar em como resolver fusões industriais, compra e venda de material e garimpo de clientes.
Com meus afastamentos ela começou a ficar mais fria. Sem meu entusiasmo de antes com relação a Estela. Começou a dedicar-se mais a sua vaidade. Acabou ficando egoísta, não perguntava sobre o trabalho, ao qual tanto me dedicava. Lá pelas tantas, vi que ela se sentia mais só e que precisava de compahia. Eu tinha minha vida à parte, na empresa e nas minhas caminhadas. Em raríssimos casos pedi opiniões para decidir minha vida, eu me virava sozinho.
Aconteceu por acaso que num feriado em que sua prima viajou, ficamos encarregados de cuidar do pastor alemão que atendia por Hegel que ela possuía. Nunca gostei muito de animais e achei que por demandarem muitos cuidados Estela também não se afeiçoaria tanto ao bicho. Ele era barulhento e dependia muito de nós, mas talvez por isso minha esposa tenha se apegado tanto ele, ela agora tinha alguma coisa pra cuidar que não do próprio corpo.
Sua prima acabou falecendo na viagem e Estela insistiu em levar o cachorro para casa. Aos poucos, vi naquela mulher, agora mais altruísta, um pouco da menina que conhecera antes e voltamos a nos aproximar, ainda que o bicho pulasse na nossa cama atrapalhando a relação. Mas aos poucos, fui me acostumando com o cusco em casa, se eu chegava do trabalho e ele não estava, por ter saido para passear, sentia falta de sua animação.
Quando chegaram minhas férias, comecei a levá-lo para passear junto comigo, afinal não via mais incômodo na sua compahia. Ao passar mais tempo em casa com minha mulher, comecei a notar que ela tinha ciúmes de mim com o Hegel, tentei dizer a ela que isso era uma bobagem, apesar de morar conosco, ela era a dona.
Foi assim que, uma tarde, ao assistir televisão, sentado no sofá sozinho em casa passei a mão na cabeça de Hegel que lambeu meu rosto. Joguei uma bolinha para ele pegar e nesse momento Estela chega em casa e desmaia. Levo-a até a cama em meus braços e Hegel vem junto, quando ela acorda digo que queria experimentar ser os três bons companheiros, não precisava haver ciúmes entre nós, cuidariamos do cão juntos. Hegel pula na cama e dá a pata a Estela concordando comigo.

Um comentário:

daeleon disse...

A idéia era tirar toda a malícia da história,right?
Acho que pecou um pouco no clímax, não ficou convincente que ela desmaiaria só por ciúmes do cachorro ter lambido o rosto do marido. Se era para manter o "triângulo" amoroso efetivo,então ficou muito muito muito subentendido, não dá nenhuma pista de ter acontecido nada entre ela e o cão,nem entre ela e o cara.
Mas gostei do nome do cachorro =P

rogério